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Tudo que você precisa saber sobre o coronavírus sem surtar

Um cidadão usando máscara em Wuhan, China, em meio ao surto do novo coronavírus
(Créditos: Stringer | 2020 Getty Images)
Tenho certeza que você deve estar preocupado com a epidemia de coronavírus, originária da China, depois de ser bombardeado com diversas notícias, não? Há um certo medo de que se possa chegar ao Brasil (se já não chegou, pois há três casos suspeitos no Brasil, um de Porto Alegre – RS, um de Curitiba – PR e outro de Belo Horizonte – MG, todos estes visitaram a China), ainda mais pelo fato de que vamos receber turistas de todo o mundo no Carnaval. Mas o que é esse tal de coronavírus? Como devemos nos comportar diante dessa epidemia? Devemos todos tornarmos hipocondríacos?
Primeiramente, vamos por partes: o coronavírus não é algo novo e não está relacionada a marca de cerveja mexicana. O que é novo é que a nova epidemia parte de um novo tipo de coronavírus conhecido como 2019-nCoV ou coronavírus de Wuhan (pois os primeiros casos são de Wuhan, China), que surgiu de um processo evolutivo e de mutações espontâneas e aleatórias (processo, este, comum a todos os seres vivos).
E como se transmite? Não sabemos muito bem, mas é confirmado que se dá por vias respiratória entre humanos, estando pelo menos até dois metros (2 m) do infectado. Os vetores (agentes de disseminação de doenças infecto-contagiosas) também não foram confirmados, mas a suspeita é que tenham vindo de animais, já que os primeiros pacientes relataram contato com o mercado de frutos do mar de Wuhan Huanan. O surto já infectou mais de 6.000 pessoas, matando mais de 130. A triagem dos novos casos é difícil, pois os pacientes com 2019-nCoV podem espalhar a doença enquanto permanecerem assintomáticos por até duas semanas.
Quais os sintomas? Ainda estão sendo estudados, mas o vírus 2019-nCoV, assim como os outros coronavírus, pode causar pneumonia e outros problemas respiratórios e cardiovasculares, como tosse, febre, fadiga, falta de ar e dores pelo corpo. Em casos extremos, envolvem pacientes tossindo sangue e/ou entrando em choque séptico. Na progressão da doença, os sintomas se manifestam com a piora na dificuldade em respirar e o surgimento de lesões e ferimentos renais e no tecido cardíaco. 
O novo coronavírus é mais perigoso que gripe suína (H1N1), mas menos letal que a Sars (Síndrome Respiratória Aguda Severa), que também se originou na China e matou 774 pessoas, infectando mais de 8 mil em 2003, e a Mers (Síndrome Respiratória do Oriente Médio), que matou 858 de apenas 2.500 infectados em 2012 no Oriente Médio. Atualmente, a taxa de mortalidade é de cerca de 3% – em comparação, as crises de Sars e de Mers foram de 10% e 34%, respectivamente –, sendo o vírus mais perigoso ainda para idosos ou pessoas que já estão doentes, estes que compõem a maioria das mortalidades em relação ao resto da população em geral.
Tem cura? É incerta. Mas a Comissão Municipal de Saúde de Xangai confirmou, no dia 24 de janeiro, que um paciente infectado com o novo coronavírus (uma mulher de 56 anos identificada apenas como Chen), pela primeira vez desde o surto, foi curado e recebeu alta do hospital. Alguns infectados, fora das categorias de risco, passam bem. A forma de tratamento também é incerta, mas é indicado repouso e consumo de bastante água, além do uso de antitérmicos e analgésicos para aliviar alguns sintomas.
E qual seria a prevenção? O Ministério da Saúde orienta 10 cuidados básicos:
  • Evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas;
  • Lavar frequente as mãos, especialmente após contato direto com pessoas doentes ou com o meio ambiente;
  • Utilizar lenço descartável para higiene nasal;
  • Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;
  • Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
  • Higienizar as mãos após tossir ou espirrar;
  • Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
  • Manter os ambientes bem ventilados;
  • Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas da doença;
  • Evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações.
Fonte: Ministério da Saúde e Jornal Metrópoles
Em casos suspeitos e confirmados, os hospitais seguem o procedimento de isolar os pacientes dos demais. Caso haja diversos casos em determinado território, recomenda-se o uso constante de máscaras cirúrgicas ao transitar por locais públicos.

Um hospital construído em dois dias.
Fonte: Daily Mail
A China vem fazendo um grande esforço para lidar com a doença. Um hospital complexo com 1.000 leitos foi concluído em apenas 48 horas, graças ao esforço conjunto de funcionários de empresas de construção, concessionárias e policiais paramilitares.
E isso é o essencial que sabemos até a dia presente. Ciente dessas informações, ajude a compartilhar com amigos, colegas e familiares, pois com uma população bem informada, é menor a possibilidade da doença se espalhar, menor a possibilidade de negligenciarem a gravidade da epidemia ou, o oposto, é menor a possibilidade de saírem surtando achando que é o fim dos tempos. 

Referências:

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